sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sessão transferida

Caros Amigos, devido a problemas técnicos da chegada do filme, a sessão de hoje será transferida para amanhã, dia 13 de dezembro no mesmo horário, 21h.

Grande abraço.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Última sessão do ano


Caros Amigos do Cinemas.

Em nossa última sessão do ano de 2008 apresentaremos o filme "Ensaio sobre a Cegueira", baseado na obra de Saramago, em parceria com o Cine Santa Cruz.

Ensaio sobre a Cegueira
2008, Brasil/Canadá/japãp, drama, 120 min.
Direção: Fernando Meirelles

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA conta a história de uma inédita epidemia de cegueira, inexplicável, que se abate sobre uma cidade não identificada. Tal "cegueira branca" - assim chamada, pois as pessoas infectadas passam a ver apenas uma superfície leitosa - manifesta-se primeiramente em um homem no trânsito e, lentamente, espalha-se pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. À medida que os afetados pela epidemia são colocados em quarentena e os serviços do Estado começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afetada pela doença.

O foco do filme, no entanto, não é desvendar a causa da doença ou sua cura, mas mostrar o desmoronar completo da sociedade que, perde tudo aquilo que considera civilizado. Ao mesmo tempo em que vemos o colapso da civilização, um grupo de internos tenta reencontrar a humanidade perdida. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas, também, dos seus mundos emocionais e da dignidade que tentam manter. Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente.


Aguardamos todos lá!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008





Caros Amigos do Cinema,
Esta é nossa sexta-feira gorda.
Além da pré-estréia do documentário sobre os 100 anos do Hospital Santa Cruz, que foi detalhado na postagem anterior, temos também a exibição do longa-metragem Prá Frente Brasil.

Esta projeção será no Espaço Camarim, às 21 horas de sexta-feira, e será seguida de um debate sobre o filme e sobre a história recente do nosso país, numa iniciativa da Articulação Memória 40 anos do AI-5 em conjunto com a Associaçãodos Amigos do Cinema.
Abaixo algumas informações sobre o filme:

Sinopse
Em 1970, em plena época dos anos de chumbo, o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção brasileira de futebol, na Copa do Mundo realizada no México. Enquanto isso, prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas dessa violência.
Jofre é um pacato trabalhador de classe média, casado com Marta, com dois filhos. Miguel, seu irmão, é como ele. Ama Mariana, que tem ligações com a luta armada. Quando Jofre divide um táxi com um militante de esquerda, é confundido com um subversivo pelos Órgãos de repressão. Preso, é submetido a inúmeras sessões de tortura.
Miguel e Marta tentam encontrá-lo. Com o telefone censurado, ele recebe Mariana em casa, ferida, depois de um fracassado assalto a um Banco. É quando ele fica sabendo de uma organização de repressão política, subvencionada por alguns empresários.








Premiações-
Ganhou o Prêmio C.I.C.A.E., no Festival de Berlim.
Ganhou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Edição no Festival de Gramado.

Ficha Técnica
Título Original: Pra Frente Brasil
Gênero: Drama
Duração: 104 min.
Lançamento (Brasil): 1983
Estúdio: Embrafilme / Produções Cinematográficas R.F. Farias Ltda.
Distribuição: Embrafilme
Direção: Roberto Farias
Roteiro: Roberto Farias, baseado em argumento de Reginaldo Faria e Paulo Mendonça
Produção: Rogério Farias
Música: Egberto Gismonti
Fotografia: Dib Lufti e Francisco Balbino Nunes
Direção de Arte: Maria Tereza Amarante
Figurino: Maria Tereza Amarante e Mara Aché
Edição: Roberto Farias e Mauro Farias

Elenco
Reginaldo Faria
Neuza Amaral
Expedito Barreira
Rogério Blum
Dennis Bourke
Renato Coutinho
Newton Couto
Ivan Cândido
Irma Álvarez
Antônio Fagundes
Lui Farias
Maurício Farias
Odenir Fraga
Cláudio Marzo
Hélio Mascarenhas
Flávio Migliaccio
Elizabeth Savalla
Carlos Zara
Natália do Valle

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sessão de sexta

Caros Amigos do Cinema.

Na próxima sexta, dia 5, teremos duas sessões dos Amigos do Cinema. Uma em parceria com a UNISC com documentário sobre Hospital Santa Cruz, que será realizado na UNISC, no Bloco 1, sala 101, às 20h30min. A outra sessão será em Parceria com o Espaço Camarim, com o filme Pra Frente Brasil, para marcar os 40 anos do AI-5.

Seguem informações sobre o documentário do Hospital Santa Cruz:

Na próxima sexta-feira, 05 de dezembro, às 20h30min, vai acontecer a exibição aberta à comunidade do documentário Hospital Santa Cruz - 100 anos de histórias. O filme será exibido na sala 101, localizada no Bloco 1 da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com entrada franca e aberto à comunidade. O documentário, com duração de 67 minutos, foi produzido por alunos do Curso de Produção em Mídia Audiovisual - Comunicação Social da Unisc. A exibição faz parte da sessão semanal da Associação dos Amigos do Cinema e após o documentário, ocorre um bate-papo com a equipe do filme.

A produção, que começou ainda em abril, com a pesquisa de personagens reais, entre médicos, enfermeiros, pacientes e familiares, contou com mais de 20 horas de gravação de depoimentos e cenas do cotidiano do HSC. "A idéia era encontrar as histórias mais variadas que pudessem compor um panorama da vida de um hospital", salienta o professor do curso de Comunicação e coordenador do Núcleo de Produção em Mídia Audiovisual da Agência Experimental A4, Jair Giacomini. Para ele, o principal desafio da equipe foi encontrar o tom adequado para tratar o tema delicado do encontro entre vida e morte. "Há histórias muito tristes e outras surpreendentemente divertidas. O documentário emocionou as pessoas que já o assistiram, principalmente os profissionais da área da saúde e quem já vivenciou o dia-a-dia de um hospital", ressalta.



Para Sancler Ebert e Vagner Bozzetto, diretores do documentário, a produção foi uma oportunidade que os alunos tiveram para colocar em prática os conhecimentos adquiridos no curso. "Nós aprendemos muito, nunca tínhamos realizado um trabalho que exigisse tanto fôlego, foram mais de sete meses de produção", afirma Ebert. "Foi realmente desgastante, um desafio enorme. No entanto, temos hoje um registro histórico e emocionante que reflete a importância dos profissionais da área da saúde", completa Bozzetto. A produção envolveu ainda o trabalho dos alunos Carine Immig, Gabriel Tassinari, Gibran Sirena e Natália de Rissi.



A produção do documentário surgiu de um convite feito pela Assessoria de Comunicação do HSC ao Curso de Comunicação Social da Unisc. Para Carine Nied, relações públicas do HSC e integrante da comissão responsável pela organização das atividades alusivas aos 100 anos da instituição, a proposta era de resgatar histórias e acontecimentos curiosos e marcantes que mostrassem o lado humano das pessoas que freqüentam um hospital. "O material produzido nos sensibiliza, pois vemos que, por trás de profissionais que lidam diariamente com a dor e a doença, existem pessoas humanas que sofrem, que choram, se fragilizam e se superam", avalia Carine.



A primeira exibição do documentário aconteceu no dia 11 de novembro nas dependências do Hospital Santa Cruz e teve como público a direção da instituição, a reitoria da Unisc, os personagens do filme e a imprensa. Já nos dias 12 e 14 de novembro, foram os funcionários do hospital que puderam assistir ao documentário em quatro horários diferentes.



FICHA TÉCNICA

Hospital Santa Cruz: 100 anos de histórias

Documentário

67 minutos

Roteiro e Direção: Sancler Ebert, Vagner Bozzetto

Argumento: Carine Ferreira Nied

Coordenação de Produção: Carine Immig, Natália de Rissi

Produção: Carine Immig, Gabriel Tassinari, Gibran Sirena, Natália de Rissi, Sancler Ebert, Vagner Bozzetto, e Carine Ferreira Nied e Ana Paula de Andrade

Direção de Fotografia: Dimas Russo

Fotografia de Still: Carine Immig, Dimas Russo

Câmera: Élio Brixius, Gabriel Tassinari, Luis Kabekost, Valmor Emmel

Câmera Adicional: Gabriel Tassinari, Gibran Sirena, Sancler Ebert, Vagner Bozzetto

Som direto: Gibran Sirena

Edição: Sancler Ebert, Vagner Bozzetto

Finalização: Carine Immig, Gabriel Tassinari, Gibran Sirena, Sancler Ebert, Vagner Bozzetto

Trilha Sonora: Gibran Sirena, Natália de Rissi, Vagner Bozzetto

Making Of: Carine Immig, Gabriel Tassinari, Gibran Sirena

Direção de Produção: Jair Giacomini

Realização: Agência Experimental A4 - Núcleo de Produção em Mídia Audiovisual

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sessão do dia 21 de novembro

Caros Amigos.

Em parceria com o Cine Santa Cruz apresentaremos nesta sexta o romance "Noites de tormenta".

Noites de Tormenta
EUA, 2008, Romance, 97 min.

Sinopse:



Adrienne (Diane Lane) é uma mulher que tentar decidir se deve ou não permanecer no seu casamento. Sua vida muda quando conhece Paul (Richard Gere), um médico que está viajando para tentar se reconciliar com o seu filho, durante um fim de semana na pousada em uma praia da Carolina do Norte.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Não haverá sessão

Caros Amigos.

Informamos que não haverá sessão amanhã, dia 14 de novembro, devido a problemas técnicos. Logo em seguida estaremos chamando por edital a Assembléia de Prestação de Contas e eleição.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sessão de 31/10/08


Caros Amigos.

Amanhã apresentaremos, em parceria com o Cine Santa Cruz, o drama Bezerra de Menezes - o diário de um espírito.

Bezerra de Menezes - o diário de um espírito
Brasil, 2008, drama, 75 min.

Sinopse:
O universo do sertão permeia a trama no início do filme, na qual Bezerra de Menezes vive a infância e a adolescência. Aos dezoito anos, o protagonista inicia no Rio de Janeiro seus estudos de Medicina. Lá, elegeu-se vereador e deputado em várias legislaturas e defendeu as idéias abolicionistas. Mas, o que lhe trouxe o maior reconhecimento de seu povo foi o trabalho anônimo realizado em prol dos desfavorecidos. Por conta disso, ficou conhecido como o “Médico dos Pobres”. Seja como político devotado às causas humanitárias ou como médico conhecido por jamais negar socorro a quem batesse à sua porta, Bezerra de Menezes tornou-se um exemplo de homem e escreveu uma história de vida marcada pelo amor e pela caridade.

Curiosidades

- Primeiro longa-metragem Cearense passado no Século XIX o filme será um marco na Cinematografia do Estado.

- Realizado com a mais avançada tecnologia digital e finalizado em 35mm, o longa-metragem “Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito” fará uma fiel reconstituição de época para representar o Ceará e o Rio de Janeiro do Século XIX. Com cuidadosa pesquisa história de Luciano Klein, biógrafo de Bezerra de Menezes, aliada a extensa pesquisa iconográfica nos acervos mais importantes do país, a vida de Bezerra de Menezes será contada com passagens ficcionais e relatos de pesquisadores de sua vida e obra.

- A produção teve locações no Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro e contou com o talento do ator Carlos Vereza interpretando Bezerra de Menezes, além de grande elenco Cearense.

- Glauber Filho realizou vários curtas-metragens, entre eles "A Doença do Poço", "Borracha para Panela de Pressão" e "San Pedro, um Navio a Deriva". Produziu e dirigiu o longa "Oropa, França, Bahia", premiado pela Fundação Vitae e MacArtur. Recebeu diversos prêmios em festivais nacionais e internacionais de cinema, como o Festival Internacional de Figueira da Foz (Portugal), Festival de Cinema de Tondela (Portugal) e Videofest (Berlim- Alemanha). Como diretor publicitário, atuou em grandes produções cearenses, e também presidiu a TV Ceará entre 2003 a 2006.

- Joe Pimentel é fotografo e diretor. Já atuou como Diretor de Fotografia e Assistente de Direção de diversas produções, como "Sertão das Memórias", "Um Cotidiano Perdido no Tempo", "Villa Lobos - Uma Vida de Paixão", "Milagre em Juazeiro" e "O Noviço Rebelde". Como diretor, realizou vários curtas, entre eles "Retrato Pintado", filme que lhe rendeu as maiores premiações do cinema nacional como melhor filme e direção nos festivais de Brasília, Recife, Curitiba e Ceará. Atualmente, ele finaliza o curta "Câmara Viajante", e dirige a Trio Filmes.

- O filme Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito estreou em 29 de agosto de 2008, fazendo a melhor média do final de semana, 1200 pessoas por cópia. O resultado representa quase o dobro de público por cópia em relação ao segundo colocado. No total, foram 50.000 espectadores. Bezerra de Menezes foi lançado em diversas cidades do Brasil no dia do aniversário do cearense que dá nome ao filme e é considerado médico dos pobres.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sessão de 24 de outubro de 2008

Temos o prazer de convidá-los para a sessão de estréia de curta-metragem Cortejo Negro, nesta sexta-feira, na sala 2 do Cine Santa Cruz.
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Dia Mundial da Animação tem edição em Santa Cruz


Em Santa Cruz do Sul, a mostra do Dia Mundial da Animação acontece no dia 28 de outubro, próxima terça-feira, na Casa das Artes Regina Simonis. O evento se inicia às 19h30min, tem entrada franca e aberta, e conta com a exibição de duas horas de filmes, com curtas-metragens estrangeiros - coreanos, americanos, poloneses, portugueses, franceses e russos - e nacionais. O evento acontece em diversos países nesse mesmo dia e horário e há três anos, Santa Cruz também faz parte do circuito. Na cidade, quem organiza a mostra é o curso de Comunicação Social, a Associação dos Amigos do Cinema, a Pró-cultura e a Taos.

O evento tem como principal objetivo difundir o cinema de animação atraindo novos públicos, proporcionando aos seus expectadores o acesso à arte cinematográfica. A data foi escolhida porque foi nela que, em 1892, foi realizada a primeira pública de imagens animadas no mundo, a partir de Paris. Foi para comemorar esta data que a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) lançou o evento, contando com o apoio de diferentes grupos internacionais filiados. Em 2008, o Dia Internacional da Animação está sendo realizado em 51 paises que farão intercâmbio de suas mostras.

No Brasil, o Dia Internacional da Animação é organizado pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA). Este ano, o DIA – como é chamado - conta com mais de 150 cidades participantes em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal. A Mostra é o maior evento simultâneo do gênero no país. Este ano, na mostra nacional estão dois filmes gaúchos, X Coração, com direção Lisandro Santos, e Primogênito Complexo, de direção Tomás Creus e Lavinia Chianelo. Os filmes curtas-metragens brasileiros também serão enviado para os 51 países integrantes da ASIFA.

Informações exibição Sta Cruz: José Arlei Machado (9996-8298) e Curso de Comunicação Social (3717-7383).

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Não haverá sessão

Caros Amigos,

Informamos que hoje não haverá sessão.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

sessão de 10 de outubro de 2008


Em parceria com o Cine Santa Cruz apresentaremos o drama "A Caçada".

A Caçada
EUA, Croácia, Bósnia/drama, aventura/ 2007/ 96 min.

Baseado em história real

Richard Gere é Simon, jornalista de guerra que, ao lado do cameraman Duck (Terrence Howard, "Homem de Ferro"), realizou grandes coberturas. Após testemunhar um massacre na Bósnia, Simon briga com sua emissora e desaparece. Anos mais tarde, Duck retorna à Bósnia e é procurado por Simon. Ele tem pistas sobre a localização do Raposa, o pior criminoso da guerra local, que tem uma recompensa de US$ 5 milhões por sua captura. Agindo contra ordens da ONU e confundidos com agentes da CIA, eles partem em sua busca. Baseado em uma história real.

A Caçada - Richard Gere e Terrence Howard em busca de criminoso de guerra bósnio

A Caçada (The Hunting Party, 2007) tem uma das melhores frases de abertura que já vi no cinema: "Apenas as partes mais ridículas dessa história são verdadeiras". É simplesmente impossível resistir a um aviso desses.

A cena inicial é igualmente vendedora. Nela somos apresentados ao cinegrafista Duck (Terrence Howard, de Homem de Ferro, com a competência habitual), que explica através de um voice-over sua relação profissional de anos com o correspondente de guerra, lenda em sua profissão, Simon Hunt (Richard Gere, aqui bem acima de sua média canastrona). O problema é que um dia, sem explicação, o jornalista tem um colapso nervoso em rede nacional, ao vivo da Bósnia. Ele então é despedido e desaparece no mundo... Até que anos depois Duck, agora chefe de equipe da emissora, o reencontra - de novo na Bósnia - e a velha parceria é formada novamente em nome do passado e de uma história que pode mudar a vida dos dois.

O filme de Richard Shepard, que tem no currículo o excelente O Matador, tem como base o artigo "Como passei minhas férias de verão" da revista Esquire (leia). Nele é relatado como como cinco jornalistas reuniram-se em Sarajevo, cinco anos após a guerra, para tentar encontrar Radovan Karadzic, um notório criminoso e sujeito diretamente responsável pelo assassinato e tortura de milhares de muçulmanos na região. É como se hoje as mesmas pessoas partissem numa caçada por Osama Bin Laden, como fez o documentarista Morgan Spurlock em seu último filme.

O resultado é uma produção que mistura humor negro e jornalismo gonzo, com uma boa dose de humor e estilo. E são justamente os momentos que mais se apoiam nessa idéia os melhores. O diretor só perde a mão ao tentar dramatizar alguns eventos, como a motivação de Hunt, que soa totalmente desnecessária e exagerada. Parece que pesou na consciência do cineasta o fato de que ele estava montando um filme tão descontraído sobre uma das maiores tragédias recentes da humanidade.

Sim, o assunto é delicado. Mas Shepard não precisava tomar as dores do sofrimento alheio. Ele, afinal, tinha ao seu lado espaço para explorar a suposta conspiração conjunta da ONU, OTAN e EUA (entre outras siglas), organizações e governos que garantem procurar com afinco os criminosos de guerra que permanecem, em muitos casos, até nas listas telefônicas de suas cidades. Enfim, era tudo uma questão de disparar no alvo certo. Faltou ao diretor um tipo diferente de sensibilidade para tornar seu filme realmente memorável.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Sessão de 03 de outubro de 2008


Prezados Amigos.

Hoje apresentaremos em parceria com o Cine Santa Cruz o drama UM AMOR PARA TODA A VIDA, do diretor Richard Attenborough, às 21h.

Um Amor para toda vida
EUA/ Canadá/Inglaterra, 2007, drama, 119 min.

Branagan, Michigan, 1941. A bela Ethel Ann (Mischa Barton) conquista o coração de três amigos: Teddy Gordon (Stephen Arnell), Jack Etty (Gregory Smith) e Chuck Harris (David Alpay), todos integrantes da aeronáutica. Ethel está apaixonada por Teddy e com ele vive uma grande paixão. Após o ataque japonês a Pearl Harbor os três amigos são chamados à guerra. Teddy e Ethel casam-se secretamente, com ele partindo com a aliança dela. Teddy ainda estabele um pacto secreto com Chuck, para que ele cuide de Ethel caso não retorne.

Com
Shirley MacLaine (Ethel Ann) e Christopher Plummer (Jack Etty)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Caros Amigos.

Informamos que devido a problemas técnicos não haverá sessão hoje, dia 26 de setembro.

Abraço,
Caco.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Filme da semana: Cronicamente Inviável


O filme apresentado essa semana, dia 19 de setembro, às 21h10, será Cronicamente inviável.

Aguardamos todos lá.

Abraço,
Caco.

Sérgio Bianchi: Cronicamente inviável e Divina previdência

Sinopse:
O filme "Cronicamente Inviável" narra trechos das histórias de vida de seis personagens (Alfredo, Amanda, Adam, Carlos, Luis e Maria Alice), mostrando a dificuldade de sobrevivência mental e física em meio ao caos da sociedade brasileira, que atinge a todos independentemente da posição social ou da postura assumida. Estas situações têm como fio condutor um restaurante num bairro rico de São Paulo, que é de propriedade de Luis (Cecil Thiré). Ele é um homem de meia idade, refinado, acostumado com as boas maneiras, mas ao mesmo tempo irônico e pungente. Alfredo (Umberto Magnani) é um escritor que está realizando um estranho passeio pelo país, buscando compreender, a partir de uma visão ácida da realidade, os problemas de dominação e opressão social. Adam (Dan Stulbach), recém chegado do Paraná, é o mais novo garçom do restaurante de Luis, e se destaca dos demais empregados por sua descendência européia, tanto por seu aspecto físico, quanto por sua boa instrução e insubordinação. Maria Alice (Betty Gofman) é uma carioca classe média-alta que está sempre preocupada em manter o mínimo de humanidade na relação com as pessoas de classe mais baixa. É casada com Carlos (Daniel Dantas), um homem com uma visão pragmática da vida, que acredita na racionalidade como forma de tirar proveito da bagunça típica do Brasil. Amanda (Dira Paes), gerente do restaurante de Luis, é uma pessoa cativante, com um passado incerto, encoberto pelas várias histórias que costuma contar para os amigos e os refinados clientes do restaurante.

Crítica:
Neste programa, dois filmes reforçam a urgência de um cinema de confronto, provocação e polêmica, no panorama atual onde o cinema brasileiro anda cada vez mais comportado: o longa Cronicamente inviável, de 2000, e o curta Divina previdência, de 1983. Ambos exibem, e muitas vezes gritam, a preocupação com a representação da realidade social e política do país através das fraturas do tecido social de um mundo degradado ecologicamente, como nas imagens impressionantes de uma floresta amazônica queimada de Cronicamente, ou povoado por personagens acuadas e submetidas a massacres cotidianos, como o desgraçado indivíduo em busca de atendimento nas filas e na burocracia do sistema público de saúde de Divina previdência. Trata-se de um cinema que não tem medo de expor ao ridículo figuras detentoras do poder corrupto e institucionalizado, num acúmulo de tipos, situações e recorrências que explodem, de forma esgarçada, a linguagem do mundo organizado.

Sérgio Bianchi pertence a uma geração intermediária entre os realizadores pós-Cinema Novo, mais próximos do chamado “cinema marginal”, que surge entre as décadas de 1960 e 1970. Sua filmografia é marcada por uma aguda necessidade de questionar o país em suas tragédias nacionais, econômicas, culturais e sociais e a própria linguagem cinematográfica, que torna possível a representação do que vivenciamos como “Brasil”. Para isso, apaga as fronteiras entre o que se convencionou classificar como ficção e documentário. Em diferentes chaves, assiste-se ao cinema da distopia, onde o desencanto acompanha a reflexão enviesada sobre tudo aquilo que não deu e nem dá certo. O espectador é constantemente interpelado através de personagens que se dirigem diretamente à câmera e convidado a participar de um questionamento sem saída. A intenção, como deixa claro o primeiro plano de Cronicamente inviável, é incendiária. O fogo ateado a um ninho de vespas prepara o espectador, de certa maneira, para o que virá pela frente. A estrutura episódica encontrada neste filme parece servir de pretexto para mostrar uma espécie de colagem de microcosmos de histórias e motivações pessoais que inter-relacionam as mazelas do país com a agressividade necessária para abalar a indiferença e a anestesia reinantes. Trata-se de um cinema que vem ampliando seu caminho de radicalização diante dos “horrores” nacionais. Mas há espaço, também, para o humor, ainda que corrosivo e irônico, ainda que o riso provocado seja um riso de tom francamente “amarelo”.

A ironia e a ambigüidade presentes já a partir de títulos como Divina previdência ou Cronicamente inviável, encontram eco na crueldade anárquica do desencanto, da raiva e de uma certa impotência diante do inexorável. Em toda a sua filmografia, Bianchi nos parece muito mais interessado em levantar questões e provocar desconforto pela dificuldade de se encontrar respostas plausíveis para esses dilemas nacionais. Tal atitude tem o significado muitas vezes de uma crítica a um niilismo que atira em todas as direções. Entretanto, essa atitude é ainda mais verdadeira, sincera, vez que o próprio realizador não se posiciona num lado superior, inscrevendo-se, pela voz e pelo corpo, no círculo de ironia e crítica proposto pelos filmes. No fundo, Bianchi talvez pareça lutar por um desejo de transformação e, longe de qualquer atitude niilista, buscar exatamente um sentido (im)possível de ordem num horizonte (im)provável.

João Luiz Vieira é professor do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense e autor de, entre outros, Câmera-faca: o cinema de Sérgio Bianchi, publicado em Portugal (2004) pelo Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira.

Ficha Técnica

Cronicamente Inviável
(SP, 2000, Fic, Cor, 35mm, Dolby Digital, 102´)
Direção: Sergio Bianchi
Roteiro: Sergio Bianchi e Gustavo Steinberg
Empresa produtora: Agravo Produções Cinematográficas
Produção executiva: Sergio Bianchi ,Gustavo Steinberg e Alvarina Souza Silva (RJ)
Direção de produção: Carmem Schenini e Rossine A. Freitas (RJ)
Diretor de fotografia: Marcelo Coutinho e Antonio Penido (RJ)
Montagem: Paulo Sacramento
Direção de arte: Beatriz Bianco, Pablo Vilar e Jean-Louis Leblanc (RJ)
Figurino: Beatriz Bianco e Luiza Marcier (RJ)
Técnico de som direto: Heron Allencar
Edição de som: Miriam Biderman
Mixagem: José Luiz Sasso
Estúdio de som: JLS

Elenco:
Cecil Thiré,
Betty Goffman,
Umberto Magnani,
Daniel Dantas,
Dira Paes,
Dan Stulbach,
Leonardo Vieira.








quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Sessão do dia 12 de setembro


Caros Amigos.

No dia 12 de setembro apresentaremos o drama brasileiro Amarelo Manga.

Seguem informações sobre o filme:

Amarelo Manga
Brasil, 2003, drama, 100 min.
Classificação Indicativa: 18 anos

Guiados pela paixão, os personagens de Amarelo Manga vão penetrando num universo feito de armadilhas e vinganças, de desejos irrealizáveis, da busca incessante da felicidade. O universo aqui é o da vida-satélite e dos tipos que giram em torno de órbitas próprias, colorindo a vida de um amarelo hepático e pulsante. Não o amarelo do ouro, do brilho e das riquezas, mas o amarelo do embaçamento do dia-a-dia e do envelhecimento das coisas postas. Um amarelo-manga, farto.
Direção: Cláudio Assis
Roteiro: Hilton Lacerda
Elenco: Matheus Nachtergaele, Jonas Bloch, Dira Paes, Chico Diaz, Leona Cavalli, Conceição Camarotti, Cosme Prezado Soares, Everaldo Pontes, Magdale Alves, Jones Melo
Empresa Produtora: Olhos de Cão Produções Cinematográficas
Produção: Paulo Sacramento

Sinopse: No subúrbio de Recife, Lígia (Leona Cavalli) acorda já mal humorada, pois terá de suportar mais um dia servindo fregueses, que às vezes a bolinam no bar onde trabalha. Quando o dia terminar, só lhe restará voltar ao seu pequeno quarto, em um anexo do bar, e dormir para suportar a mesma coisa no dia seguinte. Paralelamente Kika (Dira Paes), que é muito religiosa, está freqüentando um culto enquanto seu marido, Wellington (Chico Diaz), um cortador de carne, decanta as virtudes da sua mulher enquanto usa uma machadinha para fazer seu serviço. Neste instante no Hotel Texas, que também fica na periferia da cidade, Dunga (Matheus Nachtergaele), um gay que é apaixonado por Wellington, varre o chão antes de começar a fazer a comida. Na verdade ele é a pessoa mais polivalente no Texas, pois faz de tudo um pouco. Um hóspede do Hotel Texas, Isaac (Jonas Bloch), sente um grande prazer em atirar em cadáveres, que lhe são fornecidos por Rabecão, um funcionário do I.M.L. Apesar de decantar Kika, isto não impede de Wellington ter uma amante, que está cansada da situação e quer que ele tome logo uma decisão. Já Dunga pretende conseguir Wellington de outra forma, ou seja, fazendo um trabalho em um terreiro, assim de uma vez só ele "dá uma rasteira" na mulher e na amante. Isaac vai se encontrar no bar com Rabecão para lhe avisar que pode levar o cadáver. Lá ele conhece Lígia e sente vontade de ir com ela para a cama, mesmo com Rabecão lhe avisando que ninguém ali transou com ela.

Currículo do filme

Prêmios: - Melhor Filme - Fórum do Novo Cinema, concedido pela Federação Internacional dos Cinemas de Arte (CICAE) - 53o Festival de Berlim - Alemanha (2003)
- Melhor Filme - 15o Festival de Cinema Latino-Americano de Toulouse - França (2003)
- Melhor Filme de Diretor Estreante - Opera Prima - 25o Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano - Havana, Cuba (2003)
- Melhor Filme e Melhor Ator - 7º Festival de Cinema Luso Brasileiro de Santa Maria da Feira - Portugal (2003)
- Melhor Filme, Melhor Filme na escolha da Crítica, Melhor Filme na escolha do Público, Melhor Ator, Melhor Fotografia e Melhor Montagem - 35o Festival de Brasília - Brasil (2002)
- Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Música, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Montagem - 13o CineCeará - Brasil (2003)
- Melhor Fotografia - 7o Festival de Cinema Brasileiro de Miami - EUA (2003)
- Melhor Diretor e Melhor Montagem - APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte - São Paulo, Brasil (2003)
- Melhor Filme na escolha do público - Festival SESC dos Melhores Filmes - São Paulo, Brasil (2003)
- Melhor Fotografia - Grande Prêmio TAM do Cinema Brasileiro - Rio de Janeiro, Brasil (2004)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Sessão dia 05 de setembro


Caros Amigos.

Nesse dia 05 de setembro apresentaremos o drama brasileiro "A hora da estrela".

Seguem informações:

A hora da estrela
Brasil, drama, 1985, 96 min.

Baseado no romance homônimo de Clarice Lispector, é primeiro longa-metragem de Suzana Amaral. Modelo fértil para a história da adaptação cinematográfica brasileira pela forma criativa com que trabalha o discurso literário e sua transposição para o cinema. Narra a tragédia social do retirante nordestino a partir do percurso de Macabéa, uma imigrante alagoana que abandona o Nordeste para viver na metrópole. Alcançou expressiva repercussão e conquistou alguns dos principais prêmios nos festivais de Brasília e Berlim.

Direção Suzana Amaral
Elenco:
Marcélia Cartaxo
José Dumont
Tamara Taxman
Fernanda Montenegro
Denoy de Oliveira
Sônia Guedes
Lisette Negreiros
Cláudia
Humberto Magnani


Literatura moderna transformada em ótimo filme clássico
Newton Cannito

A Hora da Estrela, de Suzana Amaral, é uma bem-sucedida adaptação do romance homônimo de Clarice Lispector.
No enredo, Macabéa é uma imigrante nordestina semi-analfabeta que trabalha como datilógrafa numa pequena firma e vive numa pensão. Ela conhece o também nordestino Olímpico, um operário metalúrgico, e os dois começam a namorar. Mas Glória, uma colega de trabalho de Macabéa, rouba-lhe o namorado, seguindo o conselho de uma cartomante. Macabéa faz uma consulta à mesma cartomante e esta prevê seu encontro com um homem rico, bonito e carinhoso. Macabéa sai feliz, sem saber o que a espera.
A comparação com o livro evidencia as opções estéticas da adaptação de Suzana Amaral. No livro, o narrador se esforça para entrar na mente do outro, do nordestino, e discorrer sobre um melodrama social. O tema social não é algo comum na obra de Clarice e, ao abordá-lo, ela optou pela metalinguagem, em um livro que discute as limitações e também as possibilidades do romance social.
O filme não se utiliza do personagem do narrador. Suzana Amaral partiu de um livro moderno e o transformou num filme de roteiro clássico. E um excelente filme clássico. O que no livro era uma reflexão sobre a possibilidade de contar uma história, no filme se transforma numa história muito bem contada. O livro era um meta melodrama-social e o filme tem a coragem de ser um melodrama social.
Para melhorar a narração dessa história, Suzana Amaral utiliza vários recursos clássicos. O roteiro constrói cenas de apresentação com os personagens em ação e divide alguns personagens do livro em dois, para possibilitar os diálogos típicos do modelo do drama.
Todos os outros recursos da linguagem cinematográfica também estão a serviço de contar bem a história. A direção é concisa e opta por se ocultar para deixar fluir melhor a história. Os atores interpretam seus personagens na dose certa, evitando a exacerbação do melodrama social ou da comédia popular. A performance valeu à Marcélia Cartaxo (Macabéa) um Urso de Prata em Berlim, em 1986. Diálogos do livro de Clarice foram mantidos praticamente na íntegra, em especial os excelentes trechos da relação entre Macabéa e Olímpico, que revelam muito sobre os imigrantes nordestinos. Tudo isso constrói um obra coesa. Tanto que o longa foi fartamente premiado no Festival de Brasília (1985) e Suzana foi escolhida melhor diretora em Havana (1986).
Uma outra comparação interessante é entre o longa-metragem de Suzana Amaral e o primeiro episódio da série ?Cena Aberta?, também uma adaptação de ?A Hora da Estrela?, dirigido por Jorge Furtado e disponível em DVD. No seriado, a história do livro é debatida e dramatizada por pessoas reais. Furtado inventou uma maneira de trazer para a adaptação audiovisual o que Clarice Lispector tinha introduzido no romance: uma reflexão sobre as dificuldades de contar uma história.
A comparação entre o livro, o filme de Suzana Amaral e a versão de Jorge Furtado serve como uma reflexão sobre as formas de contar histórias no cinema e na literatura.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Chega de saudade - Sessão 29 de agosto


Caros Amigos do Cinema.

Em nossa tradicional sessão de sexta, será apresentado o drama brasileiro "Chega de saudade", às 21h, em parceria com o Cine Santa Cruz.

Chega de Saudade
Brasil, 2008, drama, 92 min.
Um baile acontecerá em um clube de dança em São Paulo. Desde quando o salão abre suas portas, pela manhã, até seu fechamento ao término do baile, pouco após a meia-noite, diversos personagens rodeiam o local.

Elenco:
Tônia Carrero; Leonardo Villar; Betty Faria; Cássia Kiss; Stepan Nercessian; Maria Flor; Paulo Vilhena.

A vida dança e dói em "Chega de Saudade"

Por João Daniel Donadeli

http://jornalirismo.terra.com.br/content/view/355/29/

O homem é um ser complexo, em perpétua transformação. É insuficiente, incompleto, errante e, também, dançante. Estes são os conceitos-chave que enredam o filme Chega de Saudade, de Laís Bodansky, em cartaz nos cinemas.

O filme tem como plano principal um baile de terceira idade e, como plano de fundo, a complexidade desse ser tão difícil de conceituar que é o homem.

Chega de Saudade se passa em um único dia, que começa, à tarde, com a chegada do DJ Marquinhos (Paulo Vilhena, de O Magnata) e sua namorada, Bel (Maria Flor, de Proibido Proibir), e termina por volta da meia-noite, com a saída dos últimos pés-de-valsa.

A trama é conduzida principalmente por três casais que se intercalam no decorrer do tempo fílmico: Marquinhos e Bel, casal jovem e cheio de vitalidade, com seus desajustes; Álvaro e Alice, um casal contrastante de terceira idade e freqüentadores do baile; e Eudes e Marici, também freqüentadores assíduos do baile e potencialmente um casal.

Com muita música e dança, as personagens vão expondo suas fraquezas, ansiedades, toda a complexidade que compõe o ser humano, conduzindo o espectador a participar da trama pelo reconhecimento do outro. O voyeurismo de Álvaro (Leonardo Villar, de O Pagador de Promessas) reforça a adesão do público: por estar com o pé contundido, ele não dança, apenas observa, de sua mesa, a parceira Alice (Tônia Carrero, de Tico-tico no Fubá).

Marici (Cássia Kiss, de Meu Nome Não É Johnny), do outro lado do salão, também tem seu ponto de observação e, abandonada na mesa, vai alimentar sua angústia por não ter mais os atrativos que a jovem Bel tem.

Assim, a narrativa é conduzida de maneira vigorosa, como se estivéssemos presentes ao baile, observando os dançarinos e os conflitos que dão à trama elementos realísticos do cotidiano.

Chega de Saudade foi fotografado por Walter Carvalho (de Janela da Alma), que também comandou a câmera, fazendo-nos mergulhar de cabeça no baile da saudade, com movimentos de trezentos e sessenta graus, ou seja, com uma câmera dançante. Também são belíssimos os planos de detalhe, de objetos sobre as mesas, de pés dançantes, mãos e, principalmente, faces, em que despontam, sem maquiagem, uma profusão de rugas. O filme é ainda de grande ousadia e dificuldade, pois acontece inteiramente em uma única locação, sem filmagens externas.

Laís Bodansky e sua equipe fizeram uma obra que celebra a música, como se a música pudesse ser captada pelas lentes da câmera e transmitida para a tela do cinema. A música, que é tempo por excelência, parece servir de alegoria para o próprio tempo da existência. E a gente dança enquanto dura a música.

A diretora e a equipe também extraíram os “defeitos” do ser, no que poderíamos até falar em sete pecados capitais. Com exceção do pecado da preguiça, pois, no filme, ninguém quer ficar sem par, sem dançar. Como aquele famoso trio elétrico, de que só não vai atrás quem já morreu.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Não haverá sessão

Caros Amigos.
Informamos que não haverá sessão dos Amigos do Cinema no dia 22/08.
Aguardem a sessão da próxima semana!!
Postado por Amigos do cinema às 08:46

Assista aqui o filme Dois Andares



Este é o link para o filme Dois Andares:



SINOPSE: Entre dois andares, duas maneiras de ver e fazer cinema. O pensamento de dois importantes diretores brasileiros contempôraneos, as suas idéias e opiniões sobre ficção e a influência da realidade em suas obras.


Assista aqui o filme Teatro de Titãs


Este é o link para o filme Teatro de Titãs, com o teatrólogo Fernando Arrabal: http://www.v2cinema.com.br/ensaiosvisuais/ .
SINOPSE: Fernando Arrabal discute mitologia e arte, revelando os caminhos do homem moderno, das ditaduras ao desenvolvimento científico, os caminhos pelos quais passaram a criação artística no século XX e o destino do teatro no século XXI. Versão editada para a internet.

Você encontra mais filmes, entrevistas e matérias com cineastas em www.fronteirasdopensamento.com.br



O cinema não morreu
Wim Wenders foi a atração de ontem no Fronteiras do Pensamento

Terminou ontem uma semana histórica para os cinéfilos porto-alegrenses. Oito dias depois do norte-americano David Lynch, foi a vez de o alemão Wim Wenders encantar o público do seminário Fronteiras do Pensamento. Com bom humor, fala pausada e um discurso otimista, oposto ao do cineasta britânico Peter Greenaway, astro do Fronteiras do ano passado, Wenders falou sobre sua obsessão pelos filmes de estrada, as críticas que têm recebido nos últimos anos e o futuro do cinema.

Pela manhã, o cultuado diretor de produções como Paris, Texas (1984) e Asas do Desejo (1987) atendeu ao pedido da equipe do gaúcho Gustavo Spolidoro: em um quarto de hotel, respondeu a questões semelhantes às que fizera durante o Festival de Cannes de 1982 a grandes cineastas sobre o futuro do cinema e que resultaram no documentário Quarto 666 (leia mais no quadro ao lado).

No início da tarde, ainda com um café e um prato de sobremesa sobre a bancada montada pela organização do seminário, demonstrou boa disposição na coletiva de imprensa – mesmo com as perguntas mais delicadas, como sobre a repercussão negativa de seu último filme, Palermo Shooting (sem estréia prevista no Brasil).

– Esse filme fala da morte, que é o maior tabu do cinema. Talvez por isso tenha sido mal-recebido. Nos filmes de hoje se pode matar à vontade, mas, reflexões sobre a morte, isso não parece ser muito tolerado – afirmou.

Questionado sobre as provocações de Greenaway, que, em 2007, no mesmo palco do Salão de Atos da UFRGS, sentenciara o cinema à morte por não ter “desenvolvido sua linguagem aproveitando as possibilidades das novas tecnologias”, economizou nas palavras. Mas não na sua contundência:

– A diferença entre Greenaway e eu é que ele é um pessimista e eu, um eterno otimista. A história do cinema é circular, dá voltas. Inovações aparecem de todos os paí­ses, a qualquer momento. Hoje Greenaway está certo (ao dizer que novas tecnologias não levaram a linguagem do cinema a evoluir), mas talvez o futuro diga que está errado. Torço para isso.

O otimismo foi a marca de seu discurso até quando Wenders foi instigado a comparar seus trabalhos atuais com os do início de sua trajetória:

– Nasci logo após a II Guerra, num país devastado. Não tive pais alemães no cinema, só avós. Meus mestres são cineastas de outros países. Se hoje pareço fazer um cinema desvinculado de referenciais históricos (como sugeriu a pergunta), é porque estou muito mais interessado no futuro do que no passado.

E o futuro, indica Wenders, ele próprio um professor em Berlim, onde mora, está no ensino do cinema.

– Levo muito a sério o ato de dar aula. E numa escola de arte, que ensina os jovens a fazer arte, e não a produzir de acordo com as regras do sistema.

Como que legitimando seu discurso, antes de se dirigir ao palco do Fronteiras, onde conversou com o público com mediação de Carlos Gerbase, ele ainda fez a alegria de uma platéia de alunos de cinema da PUCRS, numa palestra cheia de revelações sobre os bastidores de alguns de seus filmes. Pelo incentivo que sua presença representou, e pelo encanto que provocou em todo o público, a retórica nem precisava ser tão positiva.

Daniel Feix Zero Hora - 19 de agosto de 2008 N° 15700


Fronteiras em filmes
O filme que Gustavo Spolidoro rodou com Wim Wenders integra uma série de documentários dirigidos por cineastas gaúchos sobre as conferências do Fronteiras do Pensamento Copesul Braskem 2008. O mais novo título a ficar pronto, Fragmentos de Arrabal, de Fernando Belens, que registra a passagem do dramaturgo e diretor de teatro espanhol Fernando Arrabal por Porto Alegre, estará disponível para ser assistido a partir das 23h59min de hoje no site www.fronteirasdopensamento.com.br.

Não haverá sessão

Caros Amigos.

Informamos que não haverá sessão dos Amigos do Cinema no dia 22/08.

Aguardem a sessão da próxima semana!!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O Banheiro do Papa - Sessão de 15 de agosto


Em nossa tradicional sessão apresentaremos o drama, em parceria com o Cine Santa Cruz, "O Banheiro do Papa", às 21h.

O Banheiro do Papa
Brasil / Uruguai / França, drama, 2007, 97 min.

Sinopse:
1998, cidade de Melo, na fronteira entre o Brasil e o Uruguai. O local está agitado, devido à visita em breve do Papa. Milhares de pessoas virão à cidade, o que anima a população local, que vê o evento como uma oportunidade para vender comida, bebida, bandeirinhas de papel, souvenires, medalhas comemorativas e os mais diversos badulaques. Beto (César Trancoso), um contrabandista, decide criar o Banheiro do Papa, onde as pessoas poderão se aliviar durante o evento. Mas para torná-lo realidade ele terá que realizar longas e arriscadas viagens até a fronteira, além de enfrentar sua esposa Carmen (Virginia Mendez) e o descontentamente de Silvia (Virginia Ruiz), sua filha, que sonha em ser radialista.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A outra - Sessão de 08 de agosto


Em nossa tradicional sessão apresentaremos o drama, em parceria com o Cine Santa Cruz, "A outra", às 21h20.

A outra (The Other Boleyn Girl)
EUA/Inglaterra, drama, 115 min., 2008

Sinopse:
Ana (Natalie Portman) e Maria (Scarlett Johansson) são irmãs que foram convencidas por seu pai e tio ambiciosos a aumentar o status da família tentando conquistar o coração de Henrique Tudor (Eric Bana), o rei da Inglaterra. Elas são levadas à corte e logo Maria conquista o rei, dando-lhe um filho ilegítimo. Porém isto não faz com que Ana desista de seu intento, buscando de todas as formas passar para trás tanto sua irmã quanto a rainha Catarina de Aragão (Ana Torrent).

Site Oficial: www.sonypictures.com/movies/theotherboleyngirl

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

um beijo roubado

Não esqueçam: hoje a tradicional sessão da Associação Amigos do Cinema será em comum com a programação do Cine Santa cruz, com a exibição, às 21 hrs, de Um Beijo Roubado (My Blueberry Nights), o 1º filme em inglês do diretor Wong Kar-Wai (Hong Kong / China / França, 2007, drama, 90 min).

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Circuito em construção - Carta de Copacabana

Reuniram-se na sede do SESC Copacabana, entre os dias 10 e 12 de julho de 2008, representantes de cineclubes e outras iniciativas independentes de organização e trabalho cultural audiovisual, em especial pontos de cultura, vindos de 24 estados brasileiros e do Distrito Federal. Este Encontro, que certamente constitui – por sua abrangência e representatividade - um marco histórico no intercâmbio de vivências culturais em âmbito nacional, foi realizado por iniciativa e graças à competência da Associação Cultural Tela Brasilis, tendo contribuído na sua organização o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, o Serviço Social do Comércio e a Programadora Brasil, com patrocínio do Fundo Nacional de Cultura e Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.Também participaram do Seminário membros da Associação Brasileira de Documentaristas e do Fórum de Experiências Populares em Audiovisual – que em muitas regiões e localidades atuam de maneira integrada com os cineclubes – além de outras instituições do meio audiovisual brasileiro.A convocatória do cineclube Tela Brasilis chamava para a discussão e levantamento de propostas concretas para a organização de uma ampla rede de cineclubes e pontos de exibição de caráter cultural, sem fins lucrativos, de forma sustentada, visando criar alternativas concretas ao panorama elitista do ponto de vista social, excludente do ponto de vista econômico, e colonizador do ponto de vista cultural, que vigora nos campos da produção, distribuição e exibição do audiovisual em nosso País. Este chamamento à ação solidária e à organização independente da sociedade e do público do audiovisual é questão central dentre os objetivos do movimento cineclubista do Brasil, reiteradamente aprovado nos congressos nacionais e pré-jornadas, desde 2004.Ao cabo de três dias de intenso trabalho, rica troca de experiências e vivos debates sobre os grandes temas relativos à situação do audiovisual e sua relação com o público, os presentes aprovaram as deliberações que se seguem e, em homenagem ao ambiente acolhedor e para marcar a lembrança desse tempo de convívio no memorável bairro carioca, decidiram unanimemente chamar este conjunto de resoluções de Carta de Copacabana. Os representantes de 24 estados brasileiros e do Distrito Federal, reunidos no Seminário Circuito em Construção, com o aval do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, da Associação Brasileira de Documentaristas e do Fórum de Experiências Populares em Audiovisual – demonstrando a grande convergência e identidade de propósitos destas três organizações - deliberaram pelos seguintes princípios e proposições, que devem orientar a organização dos seminários estaduais que darão prosseguimento à tarefa de consolidação de uma rede nacional de cineclubes, assim como devem pautar a ação das entidades signatárias, em suas relações com as instituições do audiovisual, com o Estado e com o público brasileiro. Desta forma, resolvem: Reiterar o apoio aos enunciados da Carta de Tabor do Direitos do Público, entendendo que seus princípios gerais traduzem-se na atualidade brasileira em necessidades concretas, exigindo especialmente: Ampla e imediata revisão da legislação de direito autoral que, por sua imprecisão e falta de atualidade contribui para a restrição da circulação dos bens culturais e permite que, através de manobras legais e abusos de poder econômico, se limite de forma escandalosa o acesso da quase totalidade da população brasileira ao conhecimento, à informação e à cultura; Ampliação dos espaços de manifestação do público, garantindo uma efetiva equidade de oportunidade e direito de acesso aos meios de comunicação, especialmente os audiovisuais; Reconhecimento do direito de organização do público e da responsabilidade do Estado, em todos os níveis, de proteger e estimular essa organização através de dotações orçamentárias para a sustentação das entidades representativas do público – em particular os cineclubes e suas entidades representativas locais, regionais, nacionais e internacionais, e Abertura de espaço institucional para a representação dos interesses do público do audiovisual, através de sua associação na gestão e sua participação na nomeação dos responsáveis pelos organismos públicos de produção e distribuição de conteúdos audiovisuais, fomento e controle das atividades públicas e privadas no setor.Concretizando alguns dos pontos acima, que serão aprofundados e ampliados nos subseqüentes seminários estaduais, o Seminário nacional resolve: Demandar a adequação da estrutura da Programadora Brasil às realidades e necessidades dos cineclubes e outros pontos de exibição audiovisual comunitários, que exigem principalmente a distribuição de filmes sem quaisquer ônus – haja vista que a maioria das entidades que se associaram ao sistema estatal é, hoje, de instituições economicamente consolidadas, de caráter não cineclubista, tais como unidades do Serviço Social do Comércio, prefeituras, etc. Outras normas aplicadas pela distribuidora estatal também precisam ser aperfeiçoadas, no sentido de evitar a descaracterização de seu objetivo primordial, qual seja, o da viabilização de um amplo circuito brasileiro de cineclubes. Para tanto, é indispensável a participação do Conselho Nacional de Cineclubes na elaboração de projetos, regras e procedimentos para o estabelecimento de uma política efetivamente pública quanto ao cineclubismo e à auto-formação do público do audiovisual no Brasil. Reclamar um posicionamento público e concreto do Ministério da Cultura e de suas secretarias com relação aos projetos já encaminhados pelo movimento cineclubista, especialmente o Pontão Cineclubista, a Filmoteca Carlos Vieira e o Plano Nacional de Formação de Agentes Cineclubistas. O Seminário entende que sem a realização desses projetos fundadores não será possível a concretização de uma política para a exibição audiovisual de caráter cultural no País, bem como o desenvolvimento coerente dos próprios programas governamentais em andamento, como o dos editais para distribuição de equipamentos a cineclubes – eufemisticamente chamados de Pontos de Difusão Digital – e da própria Programadora Brasil.Destacar a importância e urgência da questão da educação e do estabelecimento de programas educativos e de integração escola-comunidade com a utilização de recursos audiovisuais, mas não limitados unicamente à perspectiva didático-pedagógica. Nesse sentido apontam a necessidade de organização de uma ampla discussão que envolva todos os segmentos com interesse e experiência nesse campo, recomendando especificamente a realização do Seminário de Cinema e Educação – Cinema- Escola-Comunidade, já proposto ao Ministério pelo CNC, ABD e FEPA.Em relação ao Projeto de Lei 29, em tramitação no Congresso Nacional, o Seminário manifesta-se favoravelmente ao substitutivo apresentado pelo relator, e julga indispensável a criação de uma forma de "empacotamento" dos canais e serviços a serem oferecidos pelos diferentes operadores, que garanta ao público – ao assinante – o inalienável direito de escolher cada canal que deseja subscrever e cada um que não deseja receber em sua casa; em outras palavras, é imprescindível o oferecimento de uma opção de assinatura de canais "à la carte" entre as promoções oferecidas pelos provedores de conteúdos audiovisuais na televisão por assinatura.Todos os presentes também querem destacar a eficiência, atenção e carinho com que foram recebidos e tratados por toda a equipe organizadora do Seminário, lavrando aqui um especialíssimo voto de louvor tanto à importância da iniciativa do Tela Brasilis para o presente e futuro do cineclubismo brasileiro, como pela perfeita organização e condução dos trabalhos.
Rio de Janeiro, 12 de julho de 2008

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sessão dia 01º de agosto de 2008


A tradicional sessão da Associação Amigos do Cinema será em comum com a programação do Cine Santa cruz, com a exibição do filme " Um beijo roubado", às 21 hrs.

Sinopse:
Um Beijo Roubado (My Blueberry Nights)
Hong Kong / China / França, 2007, drama, 90 min.

Nova York. Jeremy (Jude Law) administra um pequeno café e restaurante. Muito irritada, Elizabeth (Norah Jones) descobre que seu namorado comeu lá com outra mulher. Zangada com a traição dele, ela rompe o namoro e deixa suas chaves com Jeremy, caso seu ex-namorado as queira de volta. Elizabeth retorna ao café várias vezes e ela e Jeremy começam a se sentir bem atraídos um pelo outro. Mesmo assim ela sai da cidade e então viaja de ônibus para Memphis, Tennessee, onde tem dois empregos, pois quer economizar para comprar um carro. Sem revelar onde vive ou trabalha, ela manda um cartão-postal para Jeremy, que fracassa ao tentar localiza-la. Elizabeth conhece pessoas como o policial Arnie Copeland (David Strathairn), que se tornou alcoólatra pois não aceita o fato de Sue Lynne (Rachel Weisz), sua esposa, tê-lo deixado. Elizabeth testemunha o trágico desdobramento desta separação e, já em Nevada, conhece Leslie (Natalie Portman), que adora jogar pôquer por garantir que sabe "ler" o rosto das pessoas
.
- É o 1º filme em inglês do diretor Wong Kar-Wai.
- Foi o filme de abertura do Festival de Cannes 2007.

Aguardamos todos lá.

Abraço,
Caco
Presidente do Cineclube Amigos do Cinema

quinta-feira, 5 de junho de 2008

"Pai Patrão"

Caros Amigos do Cinema.

Em nossa tradicional sessão de sexta apresentaremos o drama italiano dos irmãos Taviani "Pai Patrão", às 21hs no Cine Santa Cruz.
Sinopse:
Itália, 1977, drama, 117 min.
Vencedor da Palma de Ouro de Melhor Filme no Festival de Cinema de Cannes, Pai Patrão é um dos filmes mais aclamados dos anos 70. Uma obra-prima dos irmãos Taviani, diretores dos memoráveis Bom, Dia Babilônia e A Noite de São Lourenço. Baseado numa história real, este contundente drama mostra a trajetória de Gavino, um menino que é obrigado pelo pai, interpretado por Omero Antonutti, a abandonar os estudos para trabalhar no campo, cuidando das ovelhas na Sardenha, sul da Itália. Todas as suas tentativas de mudar de vida são frustradas pela ignorância e pela violência do patriarca. Com o tempo, o jovem Gavino, interpretado por Fabrizio Forte, descobre sua única saída: estudar. Ter a arma que seu pai não possui: a cultura. Drama contundente que retrata a forma primitiva de estranhamento e opressão milenar: a do patriarca, senhor da Vida e da Morte no seio da família, instituição primordial da sociedade humana. No caso, o pai oprime o filho, buscando nele força de trabalho servil na atividade de pastoreio. Por isso, castra toas as possibilidades de desenvolvimento humano de Gavino. O estranhamento é imposto pelo próprio pai, assumindo caráter ancestral, quase-natural, ligado a formas tradicionais de opressão social. Os Irmãos Taviani expõem o conflito entre disposições ancestrais primitivas, quase da Natureza inculta, em plena época da modernidade do capital. É através da reapropiação da cultura que Gavino irá buscar uma saída para seu estranhamento primordial. O pai, como a Natureza, é superado, mas não eliminado, como sugere a cena final. Ele persiste como memória-hábito, no gesto da vigília cadenciada no pasto.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

" Metropolis"

Prezados Amigos do Cinema,

Em nossa tradicional sessão de sexta, apresentaremos o drama alemão: " Metropolis" , de Fritz Lang, às 21 hs no Cine Santa Cruz.

Aguardamos todos lá.

Abraço,

Caco
Presidente do Cineclube
Amigos do Cinema

quarta-feira, 21 de maio de 2008

"Asas do Desejo"

Caros Amigos do Cinema,

na sessão do dia 23, sexta, apresentaremos o drama alemão "Asas do Desejo".
Este filme inspirou o filme americano "Cidade dos Anjos"

Sinopse: Na Berlim pós-guerra, dois anjos perabulam pela cidade. Invisíveis aos mortais, eles lêem seus pensamentos e tentam confortar a solidão e a depressão das almas que encontram. Entretanto, um dos anjos, ao se apaixonar por uma trapezista, deseja se tornar um humano para experimentar as alegrias de cada dia.
Dirigido por Wim Wenders (Buena Vista Social Club).
Alemanha, drama, 1987, 130 min.

Aguardamos todos lá!

Abraço,

Caco
Presidente do Cineclube Amigos do Cinema