quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Caros amigos. Repasso material da Mostra de Cinema Cubano do Cine-Bancarios.

http://diariogauche.blogspot.com/2009/09/o-olho-da-revolucao.html

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Dois documentários nesta segunda

Caros Amigos do Cinema,
nesta segunda-feira dia 21/09 a Associação dos Amigos do Cinema estará exibindo dois documentários ao mesmo tempo em dois locais diferentes. Em nossa tradicional sessão das 20 horas na Estação Férrea vamos exibir o documentário canadense As origens da agressão, numa promoção conjunta com a Secretaria Municipal de Saúde dando início à semana de Prevenção à Violência em nossa cidade.
E no Cine Santa Cruz, numa parceria com os cursos de Relações Internacionais e de Ciências Sociais da Unisc, será exibido, a partir das 19h30 min, o documentário francês Globalização: diálogo ou violência.

Ambos os filmes serão seguidos de debates. As origens da agressão terá como debatedores o sociólogo Caco Baptista e o neuropediatra Cristiano Freire. E Globalização: violência ou diálogo terá como debatedores o sociólogo Valter Freitas e o economista Heron Begnis.
Ambas as sessões são abertas ao público e gratuitas (no Cine Santa Cruz será cobrado ingresso de R$ 5,00 para os não-associados).

Mais detalhes sobre na postagem abaixo.

Sessão de 21 de setembro no Centro de Cultura da Estação Férrea: As Origens da Agressão

Em uma ação conjunta com o Comitê de Prevenção à Violência de Santa Cruz do Sul, os Amigos do Cinema farão uma sessão especial do documentário canadense As Origens da Agressão. A sessão será seguida de debate com o sociólogo Caco Baptista e o neuropediatra Cristiano Freire e marca o início das atividades da semana de prevenção à violência em Santa Cruz.

Sinopse
O filme documentário “As origens da agressão” apresenta as origens da agressividade humana a partir de um estudo realizado pelo Centro de Excelência para o Desenvolvimento da Primeira Infância, da Universidade de Montreal, no Canadá, e levanta o seguinte questionamento: “Será que os gestos de agressão física começam mesmo na adolescência?”. O coordenador do grupo que realizou o estudo, professor Richard Trembley, investiga, a mais de vinte anos, o desenvolvimento de milhares de crianças e adolescentes. Tendo em vista os repetidos insucessos no trabalho de reabilitação de criminosos perigosos que desenvolvia com adolescentes e adultos ele decidiu entender o desenvolvimento do comportamento violento a partir dos primeiros anos de vida . Outros importantes pesquisadores e estudiosos participam do documentário, que foi traduzido para o português pelo Conass – Conselho Nacional de Secretários de Saúde e apresenta uma surpreendente carreira internacional, já tendo sido exibido nas emissoras públicas de televisão de países como Suécia, Itália, Estados Unidos, França e Israel, além de ter sido adquirido por numerosas universidade em todo o mundo.
É a agressividade humana um comportamento inato ou um resultado da educação? Dedicando um olhar atento sobre as agressões das crianças e a evolução de seu comportamento para o auto-controle e a cooperação, este filme coloca luzes sobre a questão e nos oferece uma ampla visão das principais descobertas científicas sobre o tema através de entrevistas com pesquisadores de diversas áreas (incluindo um ganhador do prêmio Nobel). Com imagens surpreendentes de crianças extravasando seus impulsos agressivos, este documentário fascinante examina os complexos fatores que afetam a socialização do comportamento agressivo entre os humanos, abordando os componentes biológicos, ambientais e psicológicos da agressividade e oferecendo orientações para a prevenção da violência humana.

Ficha
Título: Aux origines de l'agression : la violence de l'agneau
Direção: Jean-Pierre Maher
Produção: Jean Gervais, Ph. D. e Richard E. Tremblay, Ph. D.
País: Canadá
Duração: 50 min 24 s
Ano: 2005
Idioma: francês (com legendas em português)

domingo, 13 de setembro de 2009

Sessão 14 de setembro de 2009

Caros amigos
Nesta segunda feira dia 14/09 estaremos exibindo o drama frances O Corte, de Costa-Gavras. Aguardamos por todos. Saudacoes,


Sinopse
Após quinze anos de leais serviços como executivos de uma fábrica de papel, Bruno D. é despedido com centenas dos seus colegas devido a corte de despesas.Três anos se passam sem que ele encontre um novo emprego. Agora ele está disposto a tudo para conseguir um novo posto, inclusive a partir para a ofensiva...

Informações Técnicas
Título no Brasil: O Corte
Título Original: Le Couperet
País de Origem: Bélgica / França / Espanha
Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Tempo de Duração: 122 minutos
Ano de Lançamento: 2005
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: Pandora Filmes
Direção:



O Corte
(Couperet, Le, 2005)

Por Ary Monteiro Jr.
05/06/2006
Costa-Gavras arrisca uma comédia mas não larga os temas políticos, o desemprego e exclusão levando um cidadão ao limite.

O cineasta Costa-Gavras é conhecido por filmes políticos como Desaparecido ("Missing" de 1982, que recebeu indicações ao Oscar incluindo melhor filme e levou o de roteiro adaptado) e o recente Amém, que lidava com a omissão da igreja ao Holocausto. Em O Corte, ele lida com a questão do capitalismo, ganância corporativa e do desemprego, mas utilizando a melhor forma de crítica, a comédia. Mais precisamente o humor-negro.

Bruno Davert, um executivo da indústria de papéis, está a dois anos sem conseguir emprego e ao ver suas economias chegarem ao fim sente que seu estilo de vida está ameaçado. Isso acaba fazendo com que Bruno enlouqueça e comece a traçar um mirabolante plano para recuperar seu emprego: assassinar o homem que ficou no seu lugar e todos os possíveis concorrentes. Qualquer semelhança com a recente situação da brasileira que mandou matar sua concorrente ao emprego é mera coincidência, mas acaba por trazer a história, por mais absurda que seja, mais próxima de nós. O filme alterna as incursões criminosas de nosso anti-herói com uma outra empreitada igualmente complicada, que é manter sua família na ignorância e unida apesar da crise.

As investidas do desajeitado serial killer rendem risadas e é notável como Gavras sustenta o humor e o suspense após tantos anos de filmes densos e sérios, aqui ele se diverte, inclusive brincando com clichês de filmes americanos como o noticiário de televisão que sempre fala sobre o assunto do filme na hora que os personagens principais estão vendo, ou ao exagerado product placement que pontua o filme inteiro mas você nunca sabe exatamente que produto é. Dividindo boa parte dos méritos está a ótima atuação de José Garcia, que com sua aparência mediocre e ótimo timing consegue convencer a platéia como cidadão comum levado às últimas consequências, mesmo que a verossimilhança de alguns acontecimentos seja duvidosa. Acho que todo mundo que já esteve desempregado por um longo período vai se identificar com o drama e (espero) rir com Bruno.

O Corte só peca por se estender mais do que o necessário, o filme se beneficiaria de uns bons 20 ou até 30 minutos menos. Felizmente ele consegue prender a atenção e ainda tecer um ácido comentário sobre o nosso tempo, onde o homem vale apenas pelo dinheiro e as coisas que possui. O filme chegou a receber duas indicações ao César, melhor ator para José Garcia e melhor roteiro adaptado.

Por Ary Monteiro Jr.
05/06/2006