quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Chega de saudade - Sessão 29 de agosto


Caros Amigos do Cinema.

Em nossa tradicional sessão de sexta, será apresentado o drama brasileiro "Chega de saudade", às 21h, em parceria com o Cine Santa Cruz.

Chega de Saudade
Brasil, 2008, drama, 92 min.
Um baile acontecerá em um clube de dança em São Paulo. Desde quando o salão abre suas portas, pela manhã, até seu fechamento ao término do baile, pouco após a meia-noite, diversos personagens rodeiam o local.

Elenco:
Tônia Carrero; Leonardo Villar; Betty Faria; Cássia Kiss; Stepan Nercessian; Maria Flor; Paulo Vilhena.

A vida dança e dói em "Chega de Saudade"

Por João Daniel Donadeli

http://jornalirismo.terra.com.br/content/view/355/29/

O homem é um ser complexo, em perpétua transformação. É insuficiente, incompleto, errante e, também, dançante. Estes são os conceitos-chave que enredam o filme Chega de Saudade, de Laís Bodansky, em cartaz nos cinemas.

O filme tem como plano principal um baile de terceira idade e, como plano de fundo, a complexidade desse ser tão difícil de conceituar que é o homem.

Chega de Saudade se passa em um único dia, que começa, à tarde, com a chegada do DJ Marquinhos (Paulo Vilhena, de O Magnata) e sua namorada, Bel (Maria Flor, de Proibido Proibir), e termina por volta da meia-noite, com a saída dos últimos pés-de-valsa.

A trama é conduzida principalmente por três casais que se intercalam no decorrer do tempo fílmico: Marquinhos e Bel, casal jovem e cheio de vitalidade, com seus desajustes; Álvaro e Alice, um casal contrastante de terceira idade e freqüentadores do baile; e Eudes e Marici, também freqüentadores assíduos do baile e potencialmente um casal.

Com muita música e dança, as personagens vão expondo suas fraquezas, ansiedades, toda a complexidade que compõe o ser humano, conduzindo o espectador a participar da trama pelo reconhecimento do outro. O voyeurismo de Álvaro (Leonardo Villar, de O Pagador de Promessas) reforça a adesão do público: por estar com o pé contundido, ele não dança, apenas observa, de sua mesa, a parceira Alice (Tônia Carrero, de Tico-tico no Fubá).

Marici (Cássia Kiss, de Meu Nome Não É Johnny), do outro lado do salão, também tem seu ponto de observação e, abandonada na mesa, vai alimentar sua angústia por não ter mais os atrativos que a jovem Bel tem.

Assim, a narrativa é conduzida de maneira vigorosa, como se estivéssemos presentes ao baile, observando os dançarinos e os conflitos que dão à trama elementos realísticos do cotidiano.

Chega de Saudade foi fotografado por Walter Carvalho (de Janela da Alma), que também comandou a câmera, fazendo-nos mergulhar de cabeça no baile da saudade, com movimentos de trezentos e sessenta graus, ou seja, com uma câmera dançante. Também são belíssimos os planos de detalhe, de objetos sobre as mesas, de pés dançantes, mãos e, principalmente, faces, em que despontam, sem maquiagem, uma profusão de rugas. O filme é ainda de grande ousadia e dificuldade, pois acontece inteiramente em uma única locação, sem filmagens externas.

Laís Bodansky e sua equipe fizeram uma obra que celebra a música, como se a música pudesse ser captada pelas lentes da câmera e transmitida para a tela do cinema. A música, que é tempo por excelência, parece servir de alegoria para o próprio tempo da existência. E a gente dança enquanto dura a música.

A diretora e a equipe também extraíram os “defeitos” do ser, no que poderíamos até falar em sete pecados capitais. Com exceção do pecado da preguiça, pois, no filme, ninguém quer ficar sem par, sem dançar. Como aquele famoso trio elétrico, de que só não vai atrás quem já morreu.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Não haverá sessão

Caros Amigos.
Informamos que não haverá sessão dos Amigos do Cinema no dia 22/08.
Aguardem a sessão da próxima semana!!
Postado por Amigos do cinema às 08:46

Assista aqui o filme Dois Andares



Este é o link para o filme Dois Andares:



SINOPSE: Entre dois andares, duas maneiras de ver e fazer cinema. O pensamento de dois importantes diretores brasileiros contempôraneos, as suas idéias e opiniões sobre ficção e a influência da realidade em suas obras.


Assista aqui o filme Teatro de Titãs


Este é o link para o filme Teatro de Titãs, com o teatrólogo Fernando Arrabal: http://www.v2cinema.com.br/ensaiosvisuais/ .
SINOPSE: Fernando Arrabal discute mitologia e arte, revelando os caminhos do homem moderno, das ditaduras ao desenvolvimento científico, os caminhos pelos quais passaram a criação artística no século XX e o destino do teatro no século XXI. Versão editada para a internet.

Você encontra mais filmes, entrevistas e matérias com cineastas em www.fronteirasdopensamento.com.br



O cinema não morreu
Wim Wenders foi a atração de ontem no Fronteiras do Pensamento

Terminou ontem uma semana histórica para os cinéfilos porto-alegrenses. Oito dias depois do norte-americano David Lynch, foi a vez de o alemão Wim Wenders encantar o público do seminário Fronteiras do Pensamento. Com bom humor, fala pausada e um discurso otimista, oposto ao do cineasta britânico Peter Greenaway, astro do Fronteiras do ano passado, Wenders falou sobre sua obsessão pelos filmes de estrada, as críticas que têm recebido nos últimos anos e o futuro do cinema.

Pela manhã, o cultuado diretor de produções como Paris, Texas (1984) e Asas do Desejo (1987) atendeu ao pedido da equipe do gaúcho Gustavo Spolidoro: em um quarto de hotel, respondeu a questões semelhantes às que fizera durante o Festival de Cannes de 1982 a grandes cineastas sobre o futuro do cinema e que resultaram no documentário Quarto 666 (leia mais no quadro ao lado).

No início da tarde, ainda com um café e um prato de sobremesa sobre a bancada montada pela organização do seminário, demonstrou boa disposição na coletiva de imprensa – mesmo com as perguntas mais delicadas, como sobre a repercussão negativa de seu último filme, Palermo Shooting (sem estréia prevista no Brasil).

– Esse filme fala da morte, que é o maior tabu do cinema. Talvez por isso tenha sido mal-recebido. Nos filmes de hoje se pode matar à vontade, mas, reflexões sobre a morte, isso não parece ser muito tolerado – afirmou.

Questionado sobre as provocações de Greenaway, que, em 2007, no mesmo palco do Salão de Atos da UFRGS, sentenciara o cinema à morte por não ter “desenvolvido sua linguagem aproveitando as possibilidades das novas tecnologias”, economizou nas palavras. Mas não na sua contundência:

– A diferença entre Greenaway e eu é que ele é um pessimista e eu, um eterno otimista. A história do cinema é circular, dá voltas. Inovações aparecem de todos os paí­ses, a qualquer momento. Hoje Greenaway está certo (ao dizer que novas tecnologias não levaram a linguagem do cinema a evoluir), mas talvez o futuro diga que está errado. Torço para isso.

O otimismo foi a marca de seu discurso até quando Wenders foi instigado a comparar seus trabalhos atuais com os do início de sua trajetória:

– Nasci logo após a II Guerra, num país devastado. Não tive pais alemães no cinema, só avós. Meus mestres são cineastas de outros países. Se hoje pareço fazer um cinema desvinculado de referenciais históricos (como sugeriu a pergunta), é porque estou muito mais interessado no futuro do que no passado.

E o futuro, indica Wenders, ele próprio um professor em Berlim, onde mora, está no ensino do cinema.

– Levo muito a sério o ato de dar aula. E numa escola de arte, que ensina os jovens a fazer arte, e não a produzir de acordo com as regras do sistema.

Como que legitimando seu discurso, antes de se dirigir ao palco do Fronteiras, onde conversou com o público com mediação de Carlos Gerbase, ele ainda fez a alegria de uma platéia de alunos de cinema da PUCRS, numa palestra cheia de revelações sobre os bastidores de alguns de seus filmes. Pelo incentivo que sua presença representou, e pelo encanto que provocou em todo o público, a retórica nem precisava ser tão positiva.

Daniel Feix Zero Hora - 19 de agosto de 2008 N° 15700


Fronteiras em filmes
O filme que Gustavo Spolidoro rodou com Wim Wenders integra uma série de documentários dirigidos por cineastas gaúchos sobre as conferências do Fronteiras do Pensamento Copesul Braskem 2008. O mais novo título a ficar pronto, Fragmentos de Arrabal, de Fernando Belens, que registra a passagem do dramaturgo e diretor de teatro espanhol Fernando Arrabal por Porto Alegre, estará disponível para ser assistido a partir das 23h59min de hoje no site www.fronteirasdopensamento.com.br.

Não haverá sessão

Caros Amigos.

Informamos que não haverá sessão dos Amigos do Cinema no dia 22/08.

Aguardem a sessão da próxima semana!!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O Banheiro do Papa - Sessão de 15 de agosto


Em nossa tradicional sessão apresentaremos o drama, em parceria com o Cine Santa Cruz, "O Banheiro do Papa", às 21h.

O Banheiro do Papa
Brasil / Uruguai / França, drama, 2007, 97 min.

Sinopse:
1998, cidade de Melo, na fronteira entre o Brasil e o Uruguai. O local está agitado, devido à visita em breve do Papa. Milhares de pessoas virão à cidade, o que anima a população local, que vê o evento como uma oportunidade para vender comida, bebida, bandeirinhas de papel, souvenires, medalhas comemorativas e os mais diversos badulaques. Beto (César Trancoso), um contrabandista, decide criar o Banheiro do Papa, onde as pessoas poderão se aliviar durante o evento. Mas para torná-lo realidade ele terá que realizar longas e arriscadas viagens até a fronteira, além de enfrentar sua esposa Carmen (Virginia Mendez) e o descontentamente de Silvia (Virginia Ruiz), sua filha, que sonha em ser radialista.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A outra - Sessão de 08 de agosto


Em nossa tradicional sessão apresentaremos o drama, em parceria com o Cine Santa Cruz, "A outra", às 21h20.

A outra (The Other Boleyn Girl)
EUA/Inglaterra, drama, 115 min., 2008

Sinopse:
Ana (Natalie Portman) e Maria (Scarlett Johansson) são irmãs que foram convencidas por seu pai e tio ambiciosos a aumentar o status da família tentando conquistar o coração de Henrique Tudor (Eric Bana), o rei da Inglaterra. Elas são levadas à corte e logo Maria conquista o rei, dando-lhe um filho ilegítimo. Porém isto não faz com que Ana desista de seu intento, buscando de todas as formas passar para trás tanto sua irmã quanto a rainha Catarina de Aragão (Ana Torrent).

Site Oficial: www.sonypictures.com/movies/theotherboleyngirl

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

um beijo roubado

Não esqueçam: hoje a tradicional sessão da Associação Amigos do Cinema será em comum com a programação do Cine Santa cruz, com a exibição, às 21 hrs, de Um Beijo Roubado (My Blueberry Nights), o 1º filme em inglês do diretor Wong Kar-Wai (Hong Kong / China / França, 2007, drama, 90 min).