terça-feira, 25 de maio de 2010

As sessões de 2010 até agora (abril/maio)

24/05/2010
Down By Law
Sinopse: O diretor de "Estranhos no Paraíso", Jim Jarmusch, melhora seu estilo estático e impassível, perminindo aos personagens desse "Dawn By Law" um pouco mais de vida. Na verdade, ele parece está mais otimista em relação a atividade. Ele coloca no filme o energético comediante italiano Roberto Benigni, que parece com um boneco Kewpie de cabelos negros. Seus momentos vívidos inspiram seus companheiros letárgicos (John Lurie, Tom Waits) a falar, cantar, e, resumindo, relaxar um pouco. Os três ne encontram na mesma cela da cadeia e eventualmente acabam escapando juntos. "Dawn By Law" provavelmente figura como uma das melhores comédias da década.

Direção: Jim Jarmusch
Elenco: John Lurie, Tom Waits, Roberto Benigni, Ellen Barkin
Cor, 35mm, 90 Min
USA, 1986

17/05/2010
A vida secreta das palavras
La Vida Secreta de las Palabras
Hannah (Sarah Polley) tem 30 anos, é introvertida, solitária, misteriosa e trabalha numa indústria têxtil. Ela vai passar as férias num pequeno povoado costeiro, em frente a uma plataforma petrolífera. Um incidente faz com que ela permaneça alguns dias na plataforma cuidando de Josef (Tim Robbins), que sofreu uma série de queimaduras que o deixaram cego temporariamente. Com ele trabalham vários outros homens, cada um com uma personalidade marcante.

A vida da reservada Hannah se resume a seu trabalho numa indústria têxtil. Um dia o patrão praticamente a obriga a tirar férias, o que a deixa desnorteada. Sem saber como passar o tempo, ela arruma uma ocupação inusitada: ir para uma plataforma petrolífera cuidar de Josef, um funcionário que sofreu um grave acidente. Ele tem queimaduras por todo o corpo e está temporariamente cego. A princípio, parece tratar-se de um filme sobre a incomunicabilidade humana. Além de Hannah e Josef, todos a bordo da plataforma parecem estar ali por uma tendência ao isolamento. Tão envolvidos com seus próprios fantasmas que é como se estivessem sozinhos. O filme começa frio, impessoal como a protagonista prefere manter suas relações. Mas, progressivamente, a dolorida história de Hannah vai se revelando e ganhando o espectador. Há muito mais sobre a personagem do que se supõe numa primeira leitura. A mulher retraída, solitária e que gosta que assim o seja é uma percepção correta, porém superficial. E é justamente quando o filme começa a revelar o porquê do seu comportamento que certas passagens mostradas anteriormente ganham um sentido mais amplo, como, por exemplo, a obsessão de Hannah com as barras de sabão. Mas é um significado mais sugerido do que imposto. Sutilezas da direção da promissora Isabel Coixet, que também realizou o sensível "Minha vida sem mim". Outro ponto alto são as interpretações comoventes de Sarah Polley e Tim Robbins. Todos os diálogos entre os dois são repletos de emoção genuína. Há, ainda, um pequeno mimo para os fãs de "Casablanca": é possível reconhecer a citação quase literal de uma famosa fala de Humphrey Bogart.

duração:01 hs 55 min
ano de lançamento:2005
site oficial:http://www.lavidasecretadelaspalabras.com/
estúdio:El Deseo S.A. / Hotshot Films
distribuidora:Europa Filmes
direção: Isabel Coixet
roteiro:Isabel Coixet
produção:Esther García
fotografia:Jean-Claude Larrieu
direção de arte:Nigel Pollock
figurino:Tatiana Hernández
edição:Irene Blecua

10/05/2010
A banda
Uma pequena banda da polícia egípcia chega a Israel. Eles vieram para tocar na cerimônia de inauguração de um centro cultural árabe. Porém, por causa da burocracia, falta de sorte e outros imprevistos, são esquecidos no aeroporto. A banda tenta se deslocar por conta própria, mas vai parar numa pequena e quase esquecida cidade israelense, em algum lugar no coração do deserto.

A Banda
Celso Sabadin
De tempos em tempos, aparece um filme que comprova, mais uma vez, a força e o valor da simplicidade. Quanto mais o cinema se perde em efeitos pirotécnicos, montagens estroboscópicas, tomadas de câmera mirabolantes e trilhas sonoras intermitentes, mais a sobriedade narrativa encontra seu espaço e conquista fãs em todo o mundo cinematográfico. A mais recente prova disso é a co-produção Israel/ França/ EUA A Banda . Até o momento, o filme já ganhou mais de 20 prêmios em festivais tão diferentes como Cannes, Copenhaguen, Porto, Montreal, Munique, Sarajevo e Tóquio, entre outros. E tudo isso por saber contar uma história tão simples quanto envolvente e significativa. A trama começa quando uma pequena banda da polícia egípcia desembarca em Israel e não há ninguém no aeroporto para buscá-los. Imediatamente, se instala um clima de estranheza. Os homens vestidos de azul contrastam com o pálido tom de areia do lugar. A direção de arte é rude, árida e gráfica. Este pequeno grupo, forte representante da cultura árabe, se vê perdido de uma hora para outra em pleno Israel, sem ter a quem recorrer. Num ato de autonomia, tentam andar pelas próprias pernas e procurar, de qualquer maneira, o local onde deveriam se apresentar. Acabam chegando num vilarejo desértico, à beira do nada, onde procuram pelo tal Centro de Cultura Árabe onde estaria marcada a apresentação da banda. Uma das moradoras é enfática: “Aqui não tem cultura árabe. Nem cultura judaica. Nem cultura nenhuma...” A partir daí, os integrantes do perdido grupo musical se vêem numa espécie de limbo social, um lugar onde parece que o mundo parou, onde o choque cultural é o maior catalisador para que se comprove novamente que, seja no Egito, em Israel ou no lugar mais desolado do mundo, os seres humanos no fundo são todos iguais. E só desejam a simplicidade do complicado ato de ser feliz. Um trabalho notável do roteirista e diretor praticamente estreante Eran Kolirin, nome muito mais associado à televisão de Israel que propriamente ao cinema.

Elenco:: Shlomi Avraham, Saleh Bakri, Ronit Elkabetz, Sasson Gabai, Uri Gavriel, Imad Jabarin, Ahuva Keren, François Khell, Hisham Khoury, Tarak Kopty
Origem: Israel/ França/ EUA
Dirigido por: Eran Kolirin
Produzido por: Ehud Bleiberg, Koby Gal-Raday, Guy Jacoel, Eylon Ratzkovsky, Yossi Uzrad
Fotografia:Shai Goldman
Trilha Sonora:Habib Shadah
Duração: 87 min.
Lançamento: 20 de Jun, 2008

03/05/2010
Cerejeiras em Flor
Quando descobre que seu marido tem pouco tempo de vida, Trudi não sabe se deve contar a ele a verdade. Em vez disso, ela decide planejar com Rudi uma viagem, para que aproveitem bem estes últimos momentos juntos. Sonhando conhecer o Japão, país pelo qual é apaixonada, a mulher decide que este será o destino do casal, mas que antes eles irão até Berlim, para fazer uma última visita a seus dois filhos que moram lá.
A viagem, porém, não é como eles imaginavam, já que os filhos sequer têm tempo de dar qualquer atenção aos dois. Quando seguem sua viagem, o inesperado acontece e Trudi morre. Ainda sem saber que também tem pouco tempo de vida, Rudi decide fazer uma homenagem à esposa, então continua com os planos e vai até o Japão. Lá, após conquistar a amizade de uma jovem, Rudi percebe os sacrifícios que sua mulher havia feito por amor a ele.
Hanami- Cerejeiras em Flor é dirigido pela alemã Doris Dorrie, cineasta de sucesso nos anos 80. Na época, a diretora de Elas Me Querem e Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro, fez sucesso com comédias populares que satirizavam a imagem do homem. O filme foi indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2008, e exibido na 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Duração: 127 min
Título Original: Kirschbluten - Hanami.
Origem: Alemanha / França, 2008.
Direção: Doris Dorrie.
Roteiro: Doris Dorrie.
Produção: Harald Kugler e Molly Von Furstenberg.
Fotografia: Hanno Lentz.
Edição: Frank C. Muller e Inez Regnier.
Música: Claus Bantzer. ::..
Elenco : Elmar Wepper, Hannelore Elsner, Aya Irizuki, Maximilian Brückner, Nadja Uhl, Birgit Minichmayr, Felix Eitner, Floriane Daniel, Celine Tanneberger, Robert Döhlert, Tadashi Endo, Sarah Camp, Gerhard Wittmann e Veith von Fürstenberg.

26/04/2010
O segredo de seus olhos
Durante 25 anos um crime permaneceu sem solução na memória de Benjamín Espósito. Agora, bem
mais maduro, ele decide voltar a essa história, questionando de novo aquele passado de amor, morte e amizade. Porém, essas recordações, postas em liberdade, lembradas tantas vezes, mudaram

Origem: Argentina e Espanha
Estréia 26 de Fevereiro de 2010
Direção: Juan José Campanella
Roteiro: Juan José Campanella e Eduardo Sacheri
Duração: 127 min
Ano: 2009

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