segunda-feira, 3 de setembro de 2012

FILME "TAURUS" DIA 03/09/12 20hs CENTRO DE CULTURA


 
SINOPSE
 Segundo filme da tetralogia de Aleksandr Sokurov sobre as personalidades mais poderosas do século 20 (o primeiro foi Moloch), "Taurus" mostra os derradeiros momentos de Lênin, seu isolamento, suas questões existenciais e sua perplexidade diante do fim. O líder russo que mudou o curso da história e abalou o mundo aguarda a morte em uma casa cedida pelo Estado, solitário, vigiado, rodeado de pessoas estranhas, tralhas domésticas e desordem, um lugar que mais parece um museu. Seu corpo está impotente, sua consciência aos poucos vai se apagando, mas sua sede de luta e poder não o abandona. A seu lado, apenas sua mulher.
FICHA TÉCNICA
ORIGINAL:
Taurus (2001)
TAGS:
DIRETOR:
ROTEIRISTA:
TRILHA:
CRÍTICA Kleber Mendonça Filho (UOL.com.br)
O russo
 Taurus, de Alexander Sokurov, é um desses filmes que destacam-se pela linguagem. É cinema de imagem refinada, especialmente ao dar hora-extra para sofisticar elementos visuais que marcam o filme como uma assinatura que não se apaga.
Sokurov já esteve em Cannes há dois anos, com Moloch, a primeira parte do que ele chama “A Teatrologia dos Ditadores do Século 20”. Quem viu Moloch, a primeira parte desta série, poderá lembrar do seu conteúdo visual, retrabalhado em Taurus com igual afinco. Em Moloch, Sokurov filmou um estranho final de semana com Adolf Hitler e Eva Braun. EmTaurus, acompanhamos os últimos meses de um Lenin já moribundo. O ator Leonid Mozgovoy (Lenin), direção de arte e fotografia nos dão a impressão de estarmos diante de um filme da época. Impressionante.
Taurus é um filme especial que fascina, mas que chama também a atenção do espectador pela sua absoluta lentidão. Se isso poderá revelar-se desconfortável para despreparados, tente enxergar o filme como uma análise perfeita do ser decrépito, de um corpo sem alma que já foi responsável por tantas ações e reações, mas agora decadente física e mentalmente.
Dá também ao filme qualidade impossível de traduzir em palavra escrita. De qualquer forma, Sokurov parece concentrado demais na textura do seu filme. Detratores poderão acusá-lo de filmar cenários impecáveis e atores perfeitamente caracterizados de dentro de um aquário, com a lentidão de um escargot.

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